Arte Viva


Como Funciona a Arte

Como funciona a arte
por Julie Dawson - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Introdução
A arte faz parte de nosso cotidiano e freqüentemente ouvimos a respeito dela nos jornais e noticiários. Mas o que é exatamente arte? A definição de arte é fruto de um processo sócio-cultural que varia bastante ao longo do tempo.
Neste artigo, vamos tentar encontrar uma definição e entender um pouco a arte.
A definição
Merriam-Webster's Collegiate Dictionary define arte da seguinte forma:
"arte - o uso consciente da habilidade e imaginação criativa, especialmente, na produção de objetos estéticos, também: trabalhos assim produzidos (1): belas artes (2): uma das belas artes (3): uma arte gráfica"
Novo dicionário da língua portuguesa. de Aurélio Buarque de Holanda:
"arte s.f. - atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito de caráter estético carregados de vivência pessoal e profunda (...) A capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensações e sentimentos."
Literalmente, arte significa esforço ou tentativa, por essa razão está associada a palavras como engenhoso, artístico, etc. A maioria das definições de arte nos dicionários envolve palavras como produção, expressão, organização e esforço. Isso significa que existe uma diferença entre uma pedra na qual sentamos por acaso e uma que trouxemos da floresta e colocamos no jardim com outras quatro, para fazer um círculo de assentos. A última é um tipo de arte porque escolhemos materiais e os colocamos de forma a não serem apenas úteis, mas também para nos satisfazer de alguma forma. Portanto, arte tem a ver com a intenção do artista e também com ele próprio.
Uma grande parte da arte é intenção. No San Francisco Museum of Modern Art (Museu de Arte Moderna de São Francisco) uma vez havia uma mostra de animais empalhados cobertos por lama. Muitas crianças acabam fazendo animais empalhados cobertos por lama nos quintais de suas casas o tempo todo. A diferença entre brinquedos de barro em um museu de São Francisco e animais empalhados sujos em seu quintal se reduz à intenção e ao esforço. O criador da exposição em São Francisco tinha a intenção de expressar seu trabalho artisticamente. Por outro lado, os brinquedos no quintal são normalmente apenas produto de uma brincadeira.
Um elemento prático de arte é o reconhecimento público. É aí que nos deparamos com um dos acontecimentos da vida artística: nem sempre o público aprecia um trabalho.
Como funciona a arte
por Julie Dawson - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Histórico
A arte provavelmente começou como uma forma de comunicação ou como um registro de informações. Arqueologistas e antropologistas têm especulado que as pinturas antigas em cavernas, encontradas em todo o mundo, são registros de caças de tribos ou temporadas de caça, devido à proliferação de repetidos desenhos de animais. Mais tarde, esses desenhos passaram a ter importância simbólica. As pessoas da antigüidade podem ter associado animais, plantas e pessoas com boa ou má sorte, mudanças sazonais, enchentes, nevoeiros, boas caças e estilos de vida em comunidade. Conseqüentemente, vemos artesanatos descobertos que mostram uma tentativa maior do que somente registrar informações, imagens esculpidas de mulheres e pequenos animais. Até mesmo objetos utilitários como facas ou pontas de flecha começam a apresentar algumas tentativas de arte na forma elaborada como foram esculpidas e decoradas. O fato é que os artesãos antigos começaram a se interessar não somente pela utilidade, mas também pela aparência dos itens que produziam.
Esta tendência continuou por muitas civilizações e, sem dúvida, imagens de caixões de múmias do Egito, estátuas gregas, mosaicos bizantinos e imagens budistas aparecem em nossa mente quando pensamos a respeito de arte antiga. A maioria das manifestações era religiosa, talvez porque a religião tinha um índice de símbolos de referência que podiam ser produzidos em massa ou talvez porque na antigüidade onde a arte era, antes de mais nada, simbólica, a religião era o assunto mais simples de todos.
Seja qual for o motivo, em muitas culturas vemos o crescimento da arte secular coincidindo com o crescimento de um novo tipo de arte, focada em pessoas e acontecimentos diários ao invés de em símbolos espirituais e lendários. Retratos, bustos clássicos e monumentos começam a aparecer. Logicamente, em muitos casos, ainda houve sobreposição de temas seculares e religiosos, quando governadores de um reino eram esculpidos vestidos de Zeus ou Posseidon ou imagens indígenas femininas parecidas com imagens de deusas indígenas. Na verdade, esta tendência continuou até o final do século XIX, quando ainda se pintavam cenas bíblicas ou mitológicas.
Com a arte secular, começou o desenvolvimento da arte decorativa, que pode variar desde grandes objetos como arquitetura ou paisagens formais, até pequenos itens como azulejos pintados à mão ou topiaria (arte de esculpir plantas de ornamento). Em tudo isso existe um esforço visível para criar e moldar com imaginação, não se prendendo apenas à utilidade.
Como funciona a arte
por Julie Dawson - traduzido por HowStuffWorks Brasil
A arte atualmente
A arte se tornou algo bastante complexo. No fim das contas, se alguém disser "A Mona Lisa é arte porque é bela", e outra pessoa disser, "A Mona Lisa não é arte porque não é bela", fica difícil de se chegar a uma conclusão. Outros debates quentes abordaram que a arte deveria ter um propósito didático ou simplesmente ser um meio de agradar os sentidos criando e celebrando objetos bonitos. Muitas pessoas dizem que arte não tem que ser bonita, na essência, dizendo que "A Mona Lisa não é bonita, mas é arte". A resposta natural é "como você sabe?", porque o conceito de beleza é muito relativo.
Aprendendo Arte pelo Brasil
•Escola de Belas Artes da UFMG - MG
•Faculdade de Belas Artes de São Paulo - SP
•Faculdade de Artes do Paraná - PR
•Instituto de Artes - Universidade de Brasília - DF
•EBA - Escola de Belas Artes - UFRJ - RJ

No Brasil não é diferente do restante do mundo, o que mais tem marcado a arte é justamente a diversidade das formas, um exemplo claro dessa diversidade são os grafiteiros e pichadores - o que eles fazem é uma arte que tem sido usada como exemplo até no exterior, mas nem todos concordam ou acham bonita essa arte.
Estes tipos de debates nos levam a assuntos ainda mais difíceis, especialmente, quando nos deparamos com vários tipos de arte moderna. Uma tela branca é arte? E um vaso de porcelana sozinho em uma galeria de arte? E os trabalhos feitos com latas de alumínio esmagadas? No fim das contas, podemos apenas concordar que aqueles itens, envolvendo esforço e arrumação, são arte, mas não somos capazes de definir se são belas artes ou a grande obra de arte. O mesmo acontece com música, literatura, dança e outros tipos de arte.
A arte tem sido, sem dúvida, um meio de estimular a imaginação e criatividade por séculos seja de forma religiosa, decorativa ou representativa. Talvez a melhor maneira de definir arte seja como trabalho criado programado para ter algum tipo de efeito, tanto aos olhos do público como aos do próprio artista. Podemos dizer que normalmente é feito para agradar e fascinar.
Abaixo, alguns nomes da arte no Brasil:
•Oscar Niemeyer Soares Filho, arquiteto - Rio de Janeiro.
•Anita Catarina Malfatti, pintora, gravadora, desenhista - São Paulo.
•Antônio Bandeira, desenhista, gravador e pintor - Fortaleza.
•Vittorio Breheret, escultor - São Paulo.
•Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo (Di Cavalcanti), pintor, ilustrador, caricaturista, desenhista, gravador, muralista - Rio de Janeiro.
•Poty Lazzarotto, pintor - Curitiba

Fractais



Fractais - Ciência e Arte
Saturday, 11. April 2009, 19:18:53



Fractais


Esse post não visa ensinar sobre fractais, mas apenas mostrar um pouquinho da sua utilidade e para que todos saibam que eles existem.

Essa geometria, nada convencional, tem raízes remontando ao século XIX e algumas indicações neste sentido vêm de muito antes, na Grécia Homérica, Índia, China, entre outros. Porém, há alguns anos vem se consolidando com o desenvolvimento dos computadores e o auxílio de novas teorias nas áreas da física, biologia, astronomia, matemática e outras ciências.

Os fractais foram nomeados - ao invés de descobertos ou inventados - no início dos anos 80 por Benoît Mandelbrot, o "pai dos fractais", para classificar certos objetos intrincados que não possuem dimensão inteira (1, 2 ou 3) mas sim fracionária.

Uma primeira definição matemática, pelo próprio Mandelbrot, diz: - "Um conjunto é dito Fractal se a dimensão Hausdorff-Besicovitch deste conjunto for maior do que sua dimensão topológica"

Nao entendeu nada? Olhando a figura abaixo você vai começar a entender um pouco sobre as dimensões Eucledianas e Fractais.





A ciência dos fractais apresenta estruturas geométricas de grande complexidade e beleza infinita, ligadas às formas da natureza, ao desenvolvimento da vida e à própria compreensão do universo. São imagens de objetos abstratos que possuem o caráter de onipresença por terem as características do todo infinitamente multiplicadas dentro de cada parte, escapando assim, da compreensão em sua totalidade pela mente humana.

Nos fractais você sempre encontrará:

Complexidade Infinita: É uma propriedade dos fractais que significa que nunca conseguiremos representá-los completamente, pois a quantidade de detalhes é infinita. Sempre existirão reentrâncias e saliências cada vez menores.

Auto-similaridade: Um fractal costuma apresentar cópias aproximadas de si mesmo em seu interior. Um pequeno pedaço é similar ao todo. Visto em diferentes escalas a imagem de um fractal parece similar.



A Geometria Fractal pode ser utilizada para descrever diversos fenômenos na natureza, onde não podem ser utilizadas as geometrias tradicionais. Nuvens, montanhas, turbulências, árvores, crescimento de populações, vasos sangüíneos e outras formas irregulares podem ser estudadas e descritas utilizando as propriedades dos fractais.





Um brócolis como exemplo de um belo fractal natural.


Os contornos das montanhas, a superfície dos pulmões humanos, a trajetória das gotículas de água quando penetram na terra - existe uma infinidade de fenômenos na natureza que não podem ser descritos por essa geometria toda certinha. É preciso apelar para complicados cálculos que resultam nas chamadas dimensões fracionárias - como a dimensão 0,5, por exemplo, típica de um objeto que é mais do que um simples ponto com dimensão zero, porém menos do que uma linha com dimensão 1.Só a chamada geometria dos fractais consegue descrevê-lo.

Essa nova área das ciências matemáticas vem tendo uma enorme aplicação. Para os biólogos, ajuda a compreender o crescimento das plantas. Para os físicos, possibilita o estudo de superfícies intrincadas. Para os médicos, dá uma nova visão da anatomia interna do corpo.

Como por exemplo, a superfície de uma montanha, que pode ser modelada num computador usando uma fractal, iniciando com apenas um triângulo no espaço 3D.





Quem quiser conhecer um pouquinho mais, pode acessar o Fractal Geometry. Um site da universidade de Yale que apresenta a geometria fractal para estudantes sem uma preparação matemática especial, ou qualquer interesse científico. É totalmente free, e ainda oferece softwares para MAC e PC


Semiótica



A Semiótica (do grego semeiotiké ou “a arte dos sinais”), é a ciência geral dos signos e da semiose, que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação. Ocupa-se do estudo do processo de significação ou representação, na natureza e na cultura, do conceito ou da idéia. Em oposição à lingüística, que se restringe ao estudo dos signos lingüísticos, ou seja, do sistema sígnico da linguagem verbal, esta ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico - artes visuais, música, fotografia, cinema, culinária, vestuário, gestos, religião, ciência, etc.

[editar] Charles Sanders Peirce
Do ponto de vista cronológico, a primeira personalidade a citar é Charles Sanders Peirce (1839-1914). Para ele, o Homem significa tudo que o cerca numa concepçao triádica (firstness, secondness e thirdness), e é nestes pilares que toda a sua teoria se baseia. Num artigo intitulado “Sobre uma nova lista de categorias”, Pierce, em 14 de maio de 1867, descreveu suas três categorias universais de toda a experiência e pensamento. Considerando tudo aquilo que se força sobre nós, impondo-se ao nosso reconhecimento, e não confundindo pensamento com pensamento racional. Pierce concluiu que tudo o que parece a consciência, assim o faz numa gradação de três propriedades que correspondem aos três elementos formais de toda e qualquer experiência. Essas categorias foram denominadas: 1) Qualidade; 2) Relação e 3) Representação. Algum tempo depois, o termo Relação foi substituído por Reação e o termo Representação recebeu a denominação mais ampla de Mediação. Para fins científicos, Pierce preferiu fixar-se na terminologia de Primeiridade, Segundidade e Terceiridade:

Primeiridade A qualidade da consciência imediata é uma impressão (sentimento) in totum, invisível, não analisável, frágil. Tudo que esta imediatamente presente à consciência de alguém é tudo aquilo que está na sua mente no instante presente. O sentimento como qualidade é, portanto, aquilo que dá sabor, tom, matiz à nossa consciência imediata, aquilo que se oculta ao nosso pensamento. A qualidade da consciência, na sua imediaticidade, é tão tenra que mal podemos tocá-la sem estragá-la. Nessa medida, o primeiro (primeiridade) é presente e imediato, ele é inicialmente, original, espontâneo e livre, ele precede toda síntese e toda diferenciação. Primeiridade é a compreensão superficial de um texto (leia-se texto não ao pé da letra; ex: uma foto pode ser lida, mas não é um texto propriamente dito).

Secundidade É a arena da existência cotidiana, estamos continuamente esbarando em fatos que nos são externos, tropeçando em obstáculos, coisas reais, factivas que não cedem ao sabor de nossas fantasias. O simples fato de estarmos vivos, existindo, significa, a todo momento, que estamos reagindo em relação ao mundo. Existir é sentir a ação de fatos externos resistindo a nossa vontade. Existir é estar numa relação, tomar um lugar na infinita miríade das determinações do universo, resistir e reagir, ocupar um tempo e espaço particulares. Onde quer que haja um fenômeno, há uma qualidade, isto é, sua primeiridade. Mas a qualidade é apenas uma parte do fenômeno, visto que, para existir, a qualidade tem que estar encarnada numa matéria. O fato de existir (segundidade) está nessa corporificação material. Assim sendo, Secundidade é quando o sujeito lê com compreensão e profundidade de seu conteúdo. Como exemplo: “o homem comeu banana”, e na cabeça do sujeito, ele compreende que o homem comeu a banana e possivelmente visualiza os dois elementos e a ação da frase.

Terceiridade Primeiridade é a categoria que da à experiência sua qualidade distintiva, seu frescor, originalidade irrepetivel e liberdade. Segundidade é aquilo que da a experiência seu caráter factual, de luta e confronto. Finalmente, Terceiridade corresponde à camada de inteligibilidade, ou pensamento em signos, através da qual representamos e interpretamos o mundo. Por exemplo: o azul, simples e positivo azul, é o primeiro. O céu, como lugar e tempo, aqui e agora, onde se encarna o azul é um segundo. A síntese intelectual, e laboração cognitiva – o azul no céu, ou o azul do céu -, é um terceiro. A terceiridade, vai além deste espectro de estrutura verbal da oração. Ou seja, o indivíduo conecta à frase a sua experiência de vida, fornece à oração, um contexto pessoal. Pois “o homem comeu a banana” pode ser ligado à imagem de um macaco no zoológico; à cantora Carmem Miranda; ao filme King Kong; enfim, a uma série de elementos extra-textuais. Também para Peirce há três tipos de signos:

O ícone, que mantém uma relação de proximidade sensorial ou emotiva entre o signo, representação do objeto, e o objeto dinâmico em si - exemplo: pintura, fotografia, o desenho de um boneco. É importante falar que um ícone não só pode exercer esta função como é o caso do desenho de um boneco de homem e mulher que ficam anexados à porta do banheiro indicando se é masculino ou feminino, a priori é ícone, mas também é simbolo, pois ao olhar para ele reconhecemos que ali há um banheiro e que é do gênero que o boneco representa, isto porque foi convencionado que assim seria, então ele é ícone e símbolo.

O índice, ou parte representada de um todo anteriormente adquirido pela experiência subjetiva ou pela herança cultural - exemplo: onde há fumaça, logo há fogo. Quer isso dizer que através de um indício (causa) tiramos conclusões. Ainda sobre o que nos diz este autor, é importante referir que «um signo, ou representamen, é qualquer coisa que está em vez de (stands for) outra coisa, «em determinado aspecto ou a qualquer título», (e que é considerado «representante» ou representação da coisa, do objecto - a matéria física) e, por último, o «interpretante» - a interpretação do objecto. Por exemplo, se estivessemos a falar de “cadeira”, o representante seria o conceito que temos de cadeira. O objeto seria a cadeira em si e o interpretante o modo como relacionamos o objecto com a coisa representada, o objeto de madeira sobre o qual nos podemos sentar. Sobre isto é interessante ver a obra “One and three chairs” do artista plástico Joseph Kosuth.

A principal característica do signo indicial é justamente a ligação física com seu objeto, como uma pegada é um “indício” de quem passou. A fotografia, por exemplo, é primeiramente um índice, pois é um registro da luz em determinado momento.

O símbolo, que de forma arbitrária estabelece uma relação convencionada entre o signo e o objecto - exemplo: o termo cadeira.

Dezembro 1, 2007 Escrito por tcborgomani | Semiótica, Sinais | estudo, símbolos, Semiótica, Sinais | No Comments




by Ralph Abraham

Fractais



Podem ser encontrados na natureza, em estruturas vegetais ou animais (cristais, nuvens, sistemas radiculares, etc.) ou podem ser produzidos artificialmente através de um algoritmo matemático; repetem-se à exaustão e parecem sempre diferentes. A geometria fractal sempre produziu formas e desenhos surpreendentes. Há até quem se dedique a criar desenhos fractais com um intuito meramente estético. Sven Geier, por exemplo, não se saiu nada mal...

Cavalos do Apocalipse