Teste para a Memória

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Sohw de bloa. 

Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito:

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

Só, e tão só

Geraldo Gabliel




Se lágrima é choro, chorei
Se um passo me leva, irei
Se outrora sofri, já não sei
Se vivo, se sonho...
Se canto ou se choro; existo!
Sentindo quem sou e vivi
Eu sei que amei, e sorri
Amado? talvez!
Acaso a dúvida,
Acaso o medo,
Acaso o acaso
Fariam de mim tão só?
Teriam coragem,
Fariam bobagem
Deixando comigo a certeza
De estar, desde agora
Tão só, sempre só?!

Sapeando





Lá no sítio onde eu moro
Há lagão e há laguinho
No laguinho vive um sapão
No lagão vive um sapinho

Cada dia sapeando:
- Quari, qüi... quari, quá!
- Quari, quá... quari, qüi – ton!

O sapinho é o Sapeca
O sapão é o Dondon
Cada dia sapeando:
- Quari, qüi...
- Quari, qüi... ton!

O sapão diz ao sapinho
Que na vida há mistério
E ele, muito jovenzinho
Não leva nada a sério


Cada dia sapeando:
- Quari, qüi... quari, qüi – ton!
- Quari, qüi... quari, quá, quá!

O sapinho duvidava
Que houvesse ali perigo
E o sapão o avisava:
- Sou mais velho, e seu amigo

Fim do dia e sapeando
- Quari, ton... quá-quá, quari!
- Quará, qüi-qüi... quari, quá!

Dondon explica ao sapinho
Que aparência só engana
E a serpente traiçoeira
Só parece ser bacana

- Ton-quari... quá, quá!
Se despede e vai-se embora

...

Enquanto isso ali perto
Disfarçada de cipó
Boneca – a linda serpente
Armava seu dominó

- Engraçado, engraçado!
Sapeca falando só?!

- Quari, quá... quari, qüi!

... Vai em busca de aventura

Atraído pelo olhar
Foi levado qual peteca
Quando salta de repente
A malvada da Boneca

- Sapeando, sapeando?

Gluft!

Comeu sapinho Sapeca.

Geraldo Gabliel
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Na verdade quem estava sapeando era a serpente Boneca.

NÃO PRESERVE O MEIO AMBIENTE PRESERVE-O POR INTEIRO


Da planta do pé ao pé de feijão donde o homem tira o pão há um pisar com pés que conduzem cabeças ocas. Onde se alcança com a mão leva-se o pé e lança-se com os olhos sementes de anões pensando que se colherão gigantes: meros jardins com flores murchas.

O Planeta Azul, que antes fascinava o expectador do espaço, enegrece. Os rios – caudais de lágrimas – deixam no caminho sussurros em protesto à impiedade humana que os transformam em trilhos escorregadios por onde conduzem em hastes flâmulas vermelhas. O que se verá com bifocais negras e armações de ouro? E a água do copo não sacia a sede.

O pássaro verde de alguns começa a mudar a pena e fico a pensar: que cor terá?

Crivada na testa a ideologia da engrenagem, marcha na impotência a famigerada raça que transforma tempo e desfaz espaço. Cai o telhado, ouve-se o ruído e ignora-se. Das paredes há destroços. Quero encontrar uma janela. Uma janela pela qual eu possa ver homens conscientes, homens naturais, não meio-homem que se conforme apenas com o meio...

Temo que este globo – um barril de pólvora cheio de crianças a brincar com fósforos – esteja muito em breve com todas as janelas com ferrolhos e, do meio ambiente não reste sequer meio.

Geraldo Gabliel

(Texto dissertativo sobre o meio ambiente elaborado para o Vestibular de Teologia no ano de 1991 no UNASP/SP)