Quem não sonha já está morto!
Nossa existência é um laboratório e nele somos, ao mesmo tempo, o cientista e a cobaia. No jornadear da vida interagimos com nossos semelhantes em diferentes realidades em busca de objetivos diversos e afins. Ninguém é independente em sua plenitude, todos dependemos do saber e experiências dos que já trilharam o mesmo caminho pelo qual ora caminhamos.
Em auto-análise da realidade me deparo com as conseqüências da impiedosa entropia – todos somos vítimas. Vivemos no presente a inevitável fuga do tempo, a busca de certezas na realidade incerta que, certamente, nos há de consumir. O que nos resta? Bem. Se a existência, ingrata, nos degenera, resta-nos, enquanto estamos vivos, o desenvolvimento intelectual, moral. Nisto sim, nos é possível superar a estatura e até a beleza física.
A mim a natureza não foi tão gentil em conceder-me um porte atlético, desejável mas, não posso reclamar da possibilidade que tenho de crescer intelectualmente e desenvolver um senso moral e ético e, estas habilidades me possibilitam ser útil, compartilhar conhecimentos e experiências com os meus iguais. Esta é uma forte razão pela qual decidi ser professor – não por imposição de alguém ou de um sistema – voluntariamente. Ainda que aos olhos do mundo eu não tenha feito a melhor escolha – não serei rico sendo professor – não importa, eu digo, ser professor é exercer um dom sublime, é ser útil à humanidade; é contribuir, ainda que com um pequeno grão de areia, à construção de sonhos e progresso de pessoas, do mundo. Estou professor e pretendo continuar sendo professor e não deixarei passar nenhuma oportunidade de buscar mais conhecimentos, progredir. Por isso sou, ao mesmo tempo um aprendiz, sedento de saber, disposto a compartilhar e contribuir sempre para que todos os nossos sonhos se tornem realidade.
Geraldo Gabliel
Trabalho e Saber: um artigo de Gorz.
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