EAD - prática educativa e de integração pedagógica que faz uso de recursos especiais disponíveis para encurtar distâncias e tempo entre o facilitador da aprendizagem e o aprendiz.
A evolução histórica da Educação a Distância no Brasil parte de uma ação tímida da iniciativa privada: a doação da Radio Sociedade do Rio de Janeiro ao Ministério da Educação em 1936. A partir daí, o MEC tem um instrumento para estabelecer a radiodifusão educativa no Brasil (1937). O mundo em clima de guerra e, neste período a EaD não avançou muito em nosso pais: somente 22 anos depois é que o MEC estabeleceu escolas radiofônicas em Natal – RN (1959).
Outra iniciativa histórica foi o estabelecimento do MEB (Movimento de Educação de Base) em 1960. O MEC, em contrato com a CNBB, promoveu a expansão do sistema de escolas radiofônicas nos estados nordestinos.
De 1966 a 1974, com o advento da TV no Brasil, foram instaladas oito emissoras de TV Educativa, abrangendo todas as regiões do país.
Desde o inicio da história da EaD no Brasil notamos a presença da iniciativa privada como pioneira e parceira das instituições públicas de educação e cultura. No ano de 1967, foi criada a Fundação Padre Anchieta, cujo objetivo principal era promover a educação e a cultura através do rádio e da televisão. Seguindo essa mesma linha de pensamento, neste mesmo ano, foi constituída a FEPLAM (Fundação Educacional Padre Landell de Moura) promovendo a educação de adultos através de teleducação por multimeios.
1970 – Em pleno fulgor do regime militar no Brasil, o MEC baixa a Portaria 408 que determina como obrigatoriedade que todas as emissoras de rádio e TV incluam em seus roteiros 5 horas semanais de programação educativa. O Projeto Minerva passa a ser transmitido em cadeia nacional com os cursos de Capacitação Ginasial e Madureza Ginasial elaborados pela FEPLAM e Fundação Padre Anchieta.
A ABT (Associação Brasileira de Tele-Educação), que já existia de direito desde 1969, oficializou-se de fato em 1971, foi pioneira na educação à distância para a formação de professores com o programa conhecido hoje como Seminários Brasileiros de Tecnologia Educacional.
Outros projetos de teleducação foram surgindo por iniciativa do governo e também por entidades de iniciativa privada, surgem também as ONG´s. De todas estas entidades podemos citar: Prontel e Sinred (1972); Projeto SACI (1973-4) – galardonado com o prêmio especial do Júri no Prêmio Japão , por ter apresentado ao mundo uma inovação: um projeto-piloto de tele-didática sob o formato de telenovela para o ensino das quatro primeiras séries do 1º grau. Em 1974 o CETEB, em convenio com a Petrobrás, planeja cursos de capacitação para esta empresa e com o MEC, elabora o LOGUS II, para habilitar professores leigos sem afastá-los da sala de aula.
Outro marco histórico e digno de ser lembrado foi o lançamento do Telecurso de 2º Grau pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) e Fundação Roberto Marinho para preparar tele-alunos para exames supletivos.
O MOBRAL (1979) vinha propor solução ao analfabetismo dos adultos em todo o Brasil.
De 1979 a 1983 o MEC/CAPES implanta, de forma experimental, o Postgrad (Pós-graduação Tutorial à Distância) administrado pelo ABT para capacitar professores universitários do interior do país.
A primeira iniciativa para oferecer um curso de graduação à distância foi da UFMT (Núcleo de Educação à Distância – Instituto de Educação) com o apoio da Tele-Universite du Quebec do Canadá. Com esta parceria estabeleceram o Projeto de Licenciatura Plena em Educação Básica (1ª a 4ª séries do 1º grau) – em 1992.
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases), passa a regulamentar a EaD a partir de 1996 e em 1997 o MEC apresenta o PROINFO (Programa Nacional de Informática na Educação) com os projetos AulaNet, TelEduc e eProinfo.
O Decreto 2494/98-MEC e Portaria Ministerial 301/98-MEC determinam que apenas o MEC pode credenciar cursos de graduação e formação tecnológica à distância e estabelecem as normas e procedimentos para tal credenciamento.
A Universidade Virtual Pública do Brasil (1999), a Universidade Virtual Brasileira (2000) e a Universidade Aberta do Brasil (2005), são avanços significativos para o desenvolvimento e progresso da educação à distância em nosso país. Favorecidas pela Portaria Ministerial 2253/01 do MEC que possibilita que as instituições de ensino superiores, devidamente credenciadas, ofereçam 20% dos seus currículos na modalidade à distância.
Como vimos, o progresso, mesmo que ao seu próprio ritmo, tem sido uma realidade na EaD no Brasil desde a sua origem e hoje, seguindo uma tendência mundial – globalização – vai aos poucos dominando a área da educação formal. Sei que muito em breve todos teremos em casa a universidade que quisermos e, quiçá, tenhamos que comparecer pessoalmente apenas em laboratórios especiais de manipulação da alma, ou não!
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