O bilinguismo amplia a capacidade perceptiva e adia a demência


Foram apresentados vários estudos sobre o tema das jornadas «O que nos diz o bilinguismo sobre o nosso cérebro?», organizadas pela Associação Americana para o Avanço nas Ciências (American Association for the Advancement of Science), em Washington, que demonstram que saber duas línguas não gera confusão no cérebro. Pelo contrário, amplia a capacidade perceptiva.

Uma das investigações, realizadas por María Teresa Bajo e Pedro Macizo, da Universidade de Granada, consistiu em medir o tempo de resposta da actividade cerebral perante uma pergunta, dirigida a voluntários que dominavam o espanhol e o inglês de igual forma. Os investigadores verificaram que os bilingues são capazes de activar ambos os idiomas, ao mesmo tempo, mesmo em situações em que apenas necessitem uma língua.
Segundo um comunicado da instituição, o bilinguismo permite melhorar a atenção e a memória das pessoas, já que a treina como se de uma ginástica mental se tratasse. Segundo os avanços da investigadora Nùria Sebastián-Gallés, da Universidade Pompeu Fabra de Barcelona, por exemplo, crianças bilingues, de quatro a oito meses conseguem distinguir entre dois idiomas que não conhecem.

Perante diferentes vídeos, onde se falava francês ou inglês, idiomas desconhecidos no lar onde crescem, os investigadores conseguiram perceber se as crianças distinguiam as línguas, através das expressões faciais dos intervenientes no vídeo. Os cientistas referem que o bilinguismo amplia a capacidade perceptiva do cérebro.

Judith Kroll, da Universidade da Pensilvânia (EUA), explica que todas estas vantagens não significam que sejam pessoas mais inteligentes, apenas que são multitarefas e de processar informação mais rapidamente, de forma a dispersar aquilo que é irrelevante assim que o cérebro percebe.

Outra investigação publicada na revista «Neurology», por Elen Byalistok, da Universidade de York, refere que usar duas línguas por dia, atrasa em média, quatro nãos, o aparecimento de Alzheimer. Segundo a cientista, mesmo que apenas se pratique a uma segunda língua durante o Verão, já beneficia contra a demência.

Mudar de um idioma para outro, é um estímulo para o cérebro e fá-lo fabricar uma espécie de ‘reserva cognitiva’. Agora, só falta perceber se também provoca alterações físicas na estrutura do cérebro.

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=47553&op=all (Publicado em 21 de fevereiro de 2011)

Iraquiano vítima da Guerra, "canta" a sua própria história




Emmanuel Kelly Canta no X Factor na Austrália

Video Comovente!

Vejamos o quanto é importante a atenção e cuidado de alguém por pessoas vítimas de guerras e conflitos sociais. Neste caso, um garoto que, junto com o seu irmão - ambos mutilados pela guerra são encontrados no Iraque dentro de uma caixa de sapato no front de guerra. Resgatados por uma freira que os leva para um orfanato e, posteriormente, adotados pela senhora Kelly. vão morar na Austrália, superam o trauma da guerra e, Emmanuel Kelly, um dos garotos, apresentando-se no programa X Factor (Calouros), dá uma grande lição de vida e, num protesto pacífico canta "Imagine" de John Lennon. A música tem tudo a ver com a busca pela Paz, tão almejada pela humanidade...
Curiosidade: Este menino poderia chamar-se Mohamad - em toda familia árabe-muçulmana tem um Mohamad - homenagem a Maomé, portanto, recebeu um nome cristão - Emmanuel, Deus conosco. Paradóxicos da vida - um menino árabe é resgatado por cristãos e recebe um nome cristão e, além disso, aprendeu o inglês - idioma do inimigo (americanos) e canta, neste idioma, a música Imagine de Jonh Lennon - um hino da geração hippie que pregava paz e amor. Geração que nasceu dos traumas da II Grande Guerra Mundial.
Fica evidente que, além dos limites que impomos ao mundo e ao nosso redor, da ganância humana por conquistar o planeta, o que vale mesmo é o amor - anão simpleste na teoria, mas, de maneira prática vivencial...    

Veja abaixo a letra da música Imagine e sua tradução




Imagine                                                                      Imagine


Imagine there's no heaven                             Imagine que não há paraíso

It's easy if you try                                          É fácil se você tentar

No hell below us                                          Nenhum inferno abaixo de nós

Above us only sky                                        Acima de nós apenas o céu

Imagine all the people                                  Imagine todas as pessoas

Living for today                                            Vivendo para o hoje

Imagine there's no countries                          Imagine não existir países

It isn't hard to do                                           Não é difícil de fazê-lo

Nothing to kill or die for                              Nada pelo que lutar ou morrer

And no religion too                                      E nenhuma religião também

Imagine all the people                                  Imagine todas as pessoas

Living life in peace                                      Vivendo a vida em paz


You may say                                                 Você pode dizer

I'm a dreamer                                                Que eu sou um sonhador

But I'm not the only one                                 Mas eu não sou o único

I hope some day                                            Eu tenho a esperança de que um dia

You'll join us                                                você se juntará a nós

And the world will be as one                       E o mundo será como um só



Imagine no possessions                                Imagine não existir posses

I wonder if you can                                       Me pergunto se você consegue

No need for greed or hunger                         Sem necessidade de ganância ou fome



A brotherhood of man                                  Uma irmandade de humanos

Imagine all the people                                  Imagine todas as pessoas

Sharing all the world                                   Compartilhando todo o mundo



You may say,                                               Você pode dizer

I'm a dreamer                                               Que eu sou um sonhador

But I'm not the only one                                Mas eu não sou o único


I hope some day                                           Eu tenho a esperança de que um dia

You'll join us                                               Você se juntará a nós


And the world will live as one                    E o mundo será como um só

http://letras.terra.com.br/john-lennon/90/traducao.html





O Homem Biologicamente Ideal

Será que a Ciência apresentará à humanidade o Homem Perfeito? Um ser capaz de viver e conviver com os seus semelhantes pacifica e harmoniosamente - homem e natureza?
O homem - ser racional – se questiona, desde a antiguidade, sobre a origem e a evolução de sua própria espécie. Ao tomar a si mesmo como um objeto de estudo, busca todos os recursos disponíveis para entender sua própria existência e realidade. Como ser pensante e capaz de evoluir à medida que se torna um ser cognicente – conforme seus pensamentos e ações – determina seu comportamento em relação à Natureza, da qual faz parte e, em relação aos seus semelhantes.

A Neurociência tem buscado compreender onde esta a sede dos conhecimentos, desejos, motivos e ações que caracterizam cada ser. O cérebro humano – o organismo mais complexo estudado pelo homem – é, segundo a Ciência, o mecanismo vivo que capta e registra todas as informações e experiência individual humanas.

A antropologia se empenha em estudar o homem como um agente biológico e social na sua totalidade, capaz de influenciar e ser influenciado pelo meio em que vive. É notável que o homem tem desenvolvido um padrão de comportamento superior às demais espécies animais conhecidas – ainda que também sociáveis. Ao viver e conviver em sociedade desenvolveu a capacidade de registrar e transmitir seus conhecimentos às suas gerações sucessivas. A humanidade tem superado suas dificuldades de sobrevivência e dominado o planeta em que vive. Hoje, o espaço sideral é o fascínio da curiosidade humana.

Plotinus, já em seu tempo questionava: “O que sou eu?” e, permanece hoje a sugestão inscrita nos pórticos do Oráculo de Delfos “conhece-te a ti mesmo” – o mistério continua e o homem avança na busca de entender-se a si mesmo.

Que é o homem senão um ser que supera a si mesmo cada dia? Ainda que alguém nos recorde: “um humano, ser humano, pessoa, gente ou homem é um animal membro da espécie de primata bípede Homo sapiens, pertencente ao gênero Homo, família Hominidae” atribuindo uma origem símia à humanidade. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_sapiens).

O surgimento do homem biologicamente ideal tem sido a expectativa da Ciência para muito em breve – natural ou, biologicamente modificado? O intrigante, todavia, é que não há um modelo que sirva de referência aos cientistas, portanto, divagam em busca de elementos físicos, capacidade, pensamentos e atitudes que seriam a receita para se ´fabricar´ o homem ideal.

Geraldo Gabliel

(Texto parcial de um projeto de aulas na disciplina “Fazer Pedagógico” para a pós-graduação em Metodologia e Didática do Ensino Superior na Farol Faculdade de Rolim de Moura)

Boca que não beija...


O beijo, de Gustav Klimt
           
Entre tapas e beijos a gente vai levando a vida... ou, como alguns preferem: “- deixa a vida me levar...” Afinal, é de braços dados e mil amores com a vida é que vale a pena viver. E comemorando a vida... uma chuva de beijos.

Um, dois ou três?

Há poucos dias, num programa de televisão no Brasil, discutiam sobre com quantos beijos a gente deve cumprimentar ou despedir-se de outra pessoa – uma formalidade ou etiqueta social. E, deu o que falar... dependendo de onde você está, basta um único e breve beijo, ou dois, ou três... dependendo do lugar, um simples beijo já seria muita ousadia, anti-higiênico e politicamente incorreto.

Você já pensou? -Quem toma a iniciativa quando se está diante de alguém muito importante, uma autoridade?... Primeiro beijo à direita ou à esquerda?... E aos estrangeiros?... - Tá gripado? ... Não beije! Pra encurtar esta história aconselho: http://chic.ig.com.br/boa-vida/noticia/sao-um-dois-ou-tres-gloria-desvenda-a-misteriosa-etiqueta-do-cumprimento-com-ou-sem-beijinhos (ufa! Que link comprido!) Gloria Kalil pode lhe dar umas dicas. E, já passou o dia do beijo: 13 de abril... e veja isso: www.samshiraishi.com/wp-content/uploads/2009/06/O-beijo-Gustav-Klimt.jpg&imgrefurl=http://www.samshiraishi.com/beijos-no-dia-dos-namorados-euteamo ... algo ´científico´ sobre o beijo.

Uma coisa eu sei: bastou apenas um beijo para Judas entregar seu amigo Jesus aos soldados romanos e O levaram ao sacrifício. Amigo traíra!

Quando o beijo é mais romântico ou, até mesmo erótico: cuidado!

Sabe estas doenças com nomes terminados em ite? Estomatite, por exemplo – todas dizem algo sobre inflamação... causam dor.

A estomatite ( stoma – do grego, significa boca) pode ser transmitida pelo beijo na boca, contato direto com copos mal lavados ou usados por várias pessoas e batons utilizados entre amigas.

Estomatite é o nome que se dá para qualquer inflamação da boca ou gengivas e não tem nada a ver como o estômago (Inflamação do estômago é gastrite). Quando a estomatite está apenas nos lábios é chamada de queilite. E uma das estomatites mais comuns é o sapinho – manchas brancas, que se parecem nata de leite e aparecem em qualquer parte da boca. Suas causas: infecção viral, infecção bacteriana, infecção fúngica, trauma, sequidão, agentes tóxicos e irritantes, hipersensibilidade ou doenças auto-imunes.

Sendo uma das causas mais comuns da estomatite as infecções por vírus, esta se manifesta também como aftas na boca, gengiva, lábios e língua. As aftas são bolinhas de um líquido claro, que logo arrebentam, formando pequenas úlceras ou feridas dolorosas. O hálito fétido – bafo de onça - pode ocorrer devido a presença de lesão ulcerativa da mucosa oral – ou seja, uma estomatite.

Sabendo de tudo isso, é perfeitamente possível afirmar que alguém tenha desenvolvido um batom para estomatite, uma vez que esta enfermidade pode ser tratada de forma tópica. Já, usar uma medicação que se apresenta em forma de batom para tratar um mal do estômago é um tanto surreal – na boca do estômago ninguém usa batom!

Outra boca que não leva o brilho de batom é a boca da noite... e, já é noite.

Um big beijo e até nóis vê!

XX´s 4u!
Geraldo Gabliel

ggabliel@gmail.com

http://ggabliel3/blogspot.com




Plastinação de Corpos Humanos e Taxidermia


As imagens dizem por si mesmas... Impressionante!

Feliz Sábado!



O Senhor seja louvado no seu santo dia - o Sábado!

Amazing Grace



Mika Nakashima
Amazing grace, how sweet the sound / That saved a wreck like me / I once was lost but now I'm found / Was blind but now I see / T'was grace that taught my heart to fear / And grace my fears relieved / How precious did that grace appear / The hour I first believed / Amazing grace, how sweet the sound / That saved a wreck like meI once was lost but now I'm found / Was blind but now I see / Graça magnífica

Graça magnífica, tão doce o som / Que salvou um trapo como eu / Uma vez eu estava perdida, mas agora fui encontrada / Estava cega, mas agora eu vejo / Foi a graça que ensinou o meu coração a temer / E a graça alivou os meus medos / Tão preciosamente apareceu aquela graça / Acreditei no primeiro momento /
Graça magnífica, tão doce o som / Que salvou um trapo como eu / Uma vez eu estava perdida, mas agora fui encontrada / Estava cega, mas agora eu vejo
(http://letras.terra.com.br/mika-nakashima/339495/)


Just the way you are



Maddi Jane

Composição : Bruno Mars

 
Oh his eyes, his eyes / Make the stars look like they're not shining / His hair, his hair / Falls perfectly without him trying / He's so worderfull / And I tell him every day / Yeah I know, I know / When I compliment him / He won't believe me / And it's so, it's so / Sad to think he don't see what I see / But every time I ask him "Do I look okay?" / I say / When I see your face  / There's not a thing that I would change / Just cause you're amazing / Just the way you are / And when you smile, / The whole world stops and stares for a while / Cause boy you're amazing / Just the way you are / Oh you know, you know, you know / I'd never ask you to change / If perfect is what you're searching for / Then just stay the same / So don't even bother asking / If you look okay / You know I say / When I see your face / There's not a thing that I would change / Because you're amazing / Just the way you are / And when you smile, / The whole world stops and stares for a while /
Cause boy you're amazing / Just the way you are / The way you are / The way you are / Cause boy you're amazing / Just the way you are / When I see your face / There's not a thing that I would change / Because you're amazing / Just the way you are / And when you smile, / The whole world stops and stares for awhile / Cause boy you're amazing/ Just the way you are / Yeaahhh

http://letras.terra.com.br/maddi-jane/1854376/

Era uma casa muito engraçada...




                                                                                                                               
                                                                                                                             (Vinicius de Moraes)

Muito imaginativo e ao sabor da infância, Vinicius de Moraes se faz criança e entra no mundo dos sonhos. Ali, ao ritmo de uma doce melodia, se vê diante de uma cena curiosa: uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada... Apesar de não ser palpável e nem visível, está casa existe na imaginação de muita gente, ainda que gente grande. Isso mesmo, enquanto imaginada, a casa própria, não tem paredes, não tem chão... Mas as coisas estão mudando no Brasil e brevemente esta casa salta da imaginação para a realidade e ai sim, ainda que possa ser uma casa engraçada, não lhe vai faltar nada.

A casa é o abrigo do homem, é o ninho da família. Já dizia um velho ditado: “quem casa quer casa”. E, isso é verdade. A casa é o endereço do homem, o seu ponto de referência espacial, sua localização no planeta dos homens. Nisso a gente entende que o amor não é nômade, pelo menos no que diz respeito ao amor das mulheres. Elas, por natureza e genética precisam de um ninho para aninhar a prole... Quanto aos homens, nós homens! dizem que no tempo das cavernas a gente vivia ao léo, correndo pra lá e pra cá, na caça e pesca... e inclusive em busca de aventuras amorosas, doce liberdade!

A humanidade conquistou a Terra e o homem habita e coabita nos quatro cantos do Planeta (como é que um astro, quase redondo, como é a terra tem cantos? Força da expressão não é?). Adaptado até mesmo às piores intempéries dos desertos e terras geladas, o homem tem fincado a sua bandeira no Everest e feito sua casa no eixo do mundo: o pólo norte.

Recentemente li uma pergunta curiosa na Internet:

“- Um homem construiu uma casa quadrada com 4 paredes e uma janela em cada parede. Todas as janelas davam para o sul. Estando, um dia, a ler dentro de sua casa, viu aparecer numa das janelas um enorme urso. – De que cor era o urso?” (www.muraljoia.com.br).

De início me pareceu um absurdo e impossível que alguém conseguisse construir uma casa assim e como eu poderia saber a cor do urso, sei que existem ursos de várias cores, aliás, muito comuns entre nós, os ursinhos de pelúcia, criaturas tão meigas e dóceis não representam muito bem os ursos de verdade que são, na maioria, animais carnívoros e muito perigosos. Mas, vamos lá... Uma casa com 4 janelas e cada uma delas voltada para o sul só poderia estar no pólo norte – no pino do pólo norte. Isso me lembra quando estudamos na escola sobre os pontos cardeais, com a figura de um homenzinho de braços abertos em forma de cruz sinalizando a sua frente o leste, onde nasce o sol; à esquerda o norte; à direita o sul e às costas; o oeste. Assim sendo, se eu, sendo professor e perguntar: - Joãozinho, qual o braço do homenzinho está voltado para o sul? E ele me responde: os dois Prô! E a frente e as costas também estão voltados para o sul! Eu poderia dizer: - que absurdo Joãozinho, de onde você tirou esta idéia? – e, o Joãozinho responde serenamente: - Oras prô! O homem está exatamente no ponto zero do pólo norte! Assim não dá pra dizer que este ou aquele braço está apontando para um ou outro lado que não seja o sul. - Dio Santo! Não é que o Joãozinho tem razão! Isso é verdade...

Mas, vamos à cor do urso. Costumo perguntar aos alunos nas aulas de idiomas: - Qual era a cor do cavalo branco de Napoleão? E geralmente dizem: - branco! Errradooo! A cor do cavalo branco de Napoleão era a mesma cor do urso do pólo norte: Cor branca – o cavalo é branco, o urso é branco, mas a cor (substantivo feminino) é branca! Os ursos naturais do pólo norte são brancos, pergunte aos cientistas o porquê disso...

Ufa! Vamos pra casa. Afinal, quem está cansado também precisa de casa. Até breve, a gente se vê em casa – moro na rua dos Bobos, nº 0.

Geraldo Gabliel

ggabliel@gmail.com

Oh Little Town Of Bethlehem


Flores no Deserto

Pra dizer que falei das flores



A paisagem de um deserto vista em imagens de televisão, cinema e fotografias geralmente nos trazem a sensação de tranquilidade, sossego e, até nos convida para um momento de meditação – uma visita ao seu próprio eu interior em busca de si mesmo. Mas, será que estar pessoalmente num deserto, sob a agressão do sol causticante do dia e o ímpeto do vento gelado durante a noite nos traria o mesmo sentimento de alívio da alma?


Há desertos tão áridos na África onde é praticamente impossível a permanência até mesmo de um beduíno ermitão adaptado à solidão e as intempéries desérticas. Onde oásis são apenas miragens que ludibriam o viajante moribundo.

Quem pensaria em flores num deserto? Sim, flores multicoloridas formando um lindo e extenso jardim? Não uma simples miragem fugidia que engana o caminhante, o ilude!

Alguém pode dizer: - Isto é coisa de gente visionária. Pessoa que vive com o pé na Terra e a cabeça na lua.

Saiba que o deserto florido existe! E, registrado no Guiness Book como sendo o deserto mais seco e árido do mundo. E, não está na África ou na Ásia. O deserto do Atacama, está no norte do Chile e, vez por outra, recebe uma dose especial de chuva que faz brotar sementes que durante anos permanecem sepultadas entre pedras e areia, irrompendo o que muitos chamam de ´o milagre do deserto florido´. Este fenômeno tem atraído turistas, curiosos e cientistas do mundo todo. Este sim, quando florido, traz inspiração e realça o sentimento mais íntimo de que vale a pena viver – há beleza e estímulo à vida mesmo num deserto.

Alguém disse: - ´Até mesmo as flores dependem da sorte... umas enfeitam a vida, outras a morte´. É bem verdade que as flores têm marcado presença na vida dos humanos, tanto em momentos felizes, quanto no infortúnio da morte. Nem por isso as flores deixam de ser belas e inspiradoras. Na vida ou na morte as flores permanecem singelas com suas cores e perfumes especiais. Que os otimistas não percam a oportunidade de admirar e usufruir o carinho das flores, enquanto os pessimistas lamentam a morte delas para enfeitar a sua própria morte.



“Pra não dizer que não falei das flores” – este é o título de uma música, escrita e cantada por Geraldo Vandré e que se tornou o hino de batalha dos jovens revolucionários dos anos 60 quando se mobilizaram contra um sistema arcaico, injusto e repressor no Brasil. Esta música, também conhecida como ´Caminhando´, teve sua execução proibida durante anos pela ditadura militar brasileira, pois conclamava o povo à ação em busca da liberdade de pensamento e expressão contra o poderio das forças do imperialismo militar brasileiro. Jovens-flores desabrochavam no deserto da impiedade e da subversão à liberdade democrática tão almejada naquele tempo em nosso país. O seu refrão ainda ressoa em meus ouvidos: - Caminhando e cantando/ E seguindo a canção/ Somos todos iguais/ Braços dados ou não...

Às vezes fico pensando o quão significativo pode ser contemplar as flores de um jardim e meditar na realidade que cada um, e todos nós, seres humanos, vivemos em nosso dia a dia. A gente tem se tornado seres insensíveis, gananciosos, mais amantes das coisas do que das pessoas. Personalizamos as coisas e coisificamos as pessoas. Tornamo-nos, muitas vezes, como um deserto tão árido que não permite sequer uma gota de gentileza e amor capazes de florescer no coração de nossos semelhantes.

Sejam as flores o colorido e o perfume que enobreçam o seu viver!

Geraldo Gabliel

ggabliel@gmail.com

Fazendo arte

Na tentativa de fazer um pequeno painel a la Gaudi

Um mosaico para a aula de Arte

Socorro, estou cego!


Já brinquei de ser cego por uns instantes e também sugeri a crianças e adolescentes fazerem tal experiência. Já contei história bíblica sobre o cego Bartimeu e como ilustração, citei Jane Fanny Crosby (1820 -1915) - uma norteamericana cega que expressou sempre grande alegria pela vida, cantando e compondo lindas melodias cristãs muito conhecidas e apreciadas até hoje pelos cristãos evangélicos. Bem poderia citar também aqui Ellen Keller (1880 -1968), outra norteamericana que aos dezoite meses de idade ficou cega e surda e, apesar disso, foi uma das pessoas mais brilhantes que viveu neste Planeta. Imagine uma pessoa cega e surda fazendo, com sinceridade, esta afirmação:

“Belos dias como estes, fazem o coração bater ao compasso de uma música que nenhum silêncio poderá destruir. É maravilhoso ter ouvidos e olhos na alma. Isto completa a glória de viver”.
" http://helenkeller1880.vilabol.uol.com.br/).


Brincar de ser cego, podendo abrir os olhos a qualquer instante, diante do mínimo sinal de perigo é fácil. O que realmente não é fácil é viver na total escuridão, na ausência total da luz, das cores.

Com a leitura de textos propostos num curso de Educação Especial e Atendimenteo Especializado a portadores de deficiênica ministrado pela Universidade de Uberlândia à distância, tenho meditado um pouco mais profundamente sobre a verdadeira realidade vivida pelas pessoas com baixa visão e principalmente as que sobrevivem com a cegueira total. Nós videntes, com todas as possibilidades que temos de interação com o nosso entorno, capazes de decidir com ações práticas e rápidas como nos locomover, nos comunicar através de uma grande variedade de meios e recursos, vez por outra nos atrapalhamos, erramos, cometemos acidentes e, alguns muito graves. Imagine então quem vive à mercê da quase casualidade quando tem que enfrentar um mundo arriscado, perigoso, totalmente no escuro. Para mim parece ser algo tão trágico como se eu saltasse de um avião de paraquedas e de olhos totalmente vendados - tragédia iminente.

O texto " Ver, não ver e aprender" de Adriana L. F. Laplane e Cecília G. Batista, indicado nesta unidade IV do citado curso é muito sugestivo para a compreensão do processo de desenvolvimento e a aprendizagem de crianças com deficiência visual e o uso de recursos pedagógicos na educação inclusiva de pessoas cegas.

Aprendi com este texto que a deficiência visual engloba grande variedade de condições orgânicas e sensoriais e com diferentes consequências no desempenho visual do indivíduo afetado pela cegueira. Que a baixa visão pode ocorrer por traumatismos, doenças ou imperfeições no órgão ou no sistema visual.

Curioso também é que são citados alguns teóricos que afirmam ser o ambiente e fatores genéticos, que configuram de maneira única cada indivíduo, elementos considerados igualmente importantes na formação e desenvolvimento educacional de pessoas com deficiência física e visual - tal qual o que acontece com quem julgamos 'pessoas normais'. E particularmente digo, o meio ambiente em que vive uma pessoa cega é uma atmosfera que pode influenciar fortemente toda a sua formação e desenvolvimento sensorial ao se relacionar com o mundo - com a cultura de convivência e superação.

A individualidade de cada cego deve ser considerada única e exclusiva (redundância? Não. Ênfase). Jamais devemos massificar o sistema de ensino e aprendizagem. Em todos os aspectos do desenvolvimento (motricidade, cognição, linguagem, sociabilidade, personalidade, diferenças pessoais) deve-se considerar individualmente cada pessoa quando se aplica um processo de aprendizagem inclusivo para cegos. Tudo deve ser incrementado e adaptado para atender de forma especial cada pessoa,  individualmente.

Me surprendi ao ler que há pesquisa que afirma que "a frequência de contato corporal entre mães de crianças com deficiência visual severa e seus bebês é menor que a frequência de contato de mães e bebês videntes" (Freedman, 1971, 1975). E também que a ausência de visão pode causar hipotonia - diminuição do tônus muscular (corpo flágido, como uma boneca de pano).

As autoras do artigo indicam o uso de recursos ópticos e adaptações especificos, bem como o uso de tecnologia (Braille por exemplo) que devem ser escolhidos com perícia técnica para se alcançar os objetivos propostos num projeto de ensino individualizado e inclusivo.

Há alguns estudos de casos que são apresentados como exemplos de recursos aplicados com diferentes respostas dos individuos em situações e ambientes semelhantes. Dá-se ênfase de que o uso do computador (informática) com programas específicos para cegos têm sido uma ferramenta muito eficiente no processo de aprendizagem de pessoas cegas.

Há algumas sugestões de adaptações de recursos pedagógicos como Jogo de Bingo, Dominó, Jogo de Tabuleiro, Elaboração de Cheques - todos com alguma forma de leitura tátil, para se conceituar idéias objetivas de valores, posicionamentos, quantidades, etc.

Ao final é reconhecido o papel do professor/orientador que, ao utilizar recursos tateáveis/visuais/auditivos em sala acessível a todos os alunos, proporciona aos seus aprendizes a sua real integração à escola e à sociedade, removendo-lhes as barreiras que os impedem de serem cidadãos de direito e de fato.

Nossa imperfeição no momento...


Normalmente quando se espera um filho que está para nascer, os pais têm grandes expectativas de que seja uma criança saudável e perfeita.


Somos pessoas imperfeitas num mundo imperfeito, mas por nossa natureza e herança genética, não aceitamos naturalmente a imperfeição e assim, ficamos insatisfeitos com as nossas próprias imperfeições.


Teologicamente penso que o querer ser perfeito e estranhar e não aceitar a imperfeição é uma herança do Éden. Claro, isso contraria a corrente de pensamento evolucionista predominante em nossos dias atuais. Basta-nos observar como nos comportamos no dia a dia ao passar o tempo: a velhice (já um tanto surdos, cegos e dementes ) - mais próximos da morte - nos aterroriza; as doenças - ameaçam a vida; nossa estatura - todos queremos ser altos, fortes, bonitos. Tanto é que nossa sociedade criou um padrão de beleza e o apresenta como ideal ao mundo, e isso causa muitas vezes, na maioria das pessoas, a sensação de que tudo está errado consigo. Muita gente, inconformada, corre para as academias; recorrem às promessas milagrosas de certos medicamentos; e, até buscam terapias sobrenaturais para alcançar a vida eterna à partir da perfeição ainda na realidade presente.


Neste contexto, sendo eu também um inconformista com a realidade de imperfeição da humanidade, vejo como normal e natural que uma pessoa que espera o nascimento de um filho tenha espectativas de que este filho seja 'perfeito' - de acordo com o padrâo de normalidade aceita por nós: que tenha as sensações táteis, de visibilidade, de audição e possibilidade de vocalização.


Não estamos preparados para aceitar os 'defeitos' uns dos outros e uma prova disso, de que essa aceitação não é natural em nós, é o recorrer à aprendizagem sistemática - como este curso por exemplo - e que, inclusive nos propôe um preparo psicológico para a aceitação das diferenças individuais das pessoas deficientes. Aliás, para afirmarmos de que algo, ou alguém é diferente, precisamos de um referencial que julgamos ser 'perfeito´ou ´ideal'. Mais uma vez afirmo: ai está mais uma prova de que nosso anseio pela perfeição é algo intrínseco e natural do ser humano - algo que está em nossa constituição genética. A entropia nos atrofia, mas continuamos inconformistas e na busca da eterna juventude - a eternidade.

Adeus Valverde! Rondônia perde um de seus filhos...


Embora não fosse de Rondônia por nascimento, o foi por opção pessoal, portanto de coração.
Valverde, tragicamente, se despediu da vida nesta tarde, fatalidade.
Os seus bons atos o seguem. Uma página na História de Rondônia será reservada especialmente para este grande idealista que sonhou com uma Rondônia humana e progressista.

Recordo-me de uma breve conversa que tive com Valverde no ano passado. Eu o elogiei por sua oratória e convicção de idéias apresentadas num meeting do PHS em Rolim de Moura.

Nem tudo que brilha é ouro!


Ladino, convidado por um amigo para colaborar com um periódico de sua cidade, se viu aos apuros: seria responsável pela coluna de cultura e atualidades.


Recorreu aos livros, internet e principalmente aos amigos. Recebeu sugestões dos cinco continentes, dos sete mares. Ao analisar as informações que recebia percebeu que, na empolgação ou crendices de seus amigos, lhes haviam mandado ao todo 7 mentiras entre as verdades. Então a coisa complicou um pouco, pois, aparentemente, tudo era verdade; mas ele sabia que as mentiras estavam ali um tanto disfarçadas.

Resolveu colocar tudo no papel e pensou: - vamos ver se alguém me ajuda a desvendar estes enigmas e, assim o fez:

- O primeiro amigo lhe contou que estando num deserto muito florido bebeu água destilada e, por bebê-la, passou mal e quase morreu. Estava longe de casa, morava às margens do Orinoco.

- O segundo amigo, que morava mais ao norte, disse que estava construindo pra si uma casa quadrada e que poria em cada uma das paredes uma janela e que cada janela estaria voltada para o sul. Disse também que ali ele estaria livre das ações das forças de Coriolis que assustava muita gente com o seu rodopiar dos ventos como os ponteiros do relógio.

- O terceiro amigo, visitando as ilhas Galápagos, admirado com a Aurora Boreal, pesquisava e queria inventar um batom para o tratamento de estomatite. Mandou um postal no qual se via tentilhões aos milhares.

- O quarto amigo, viajando pelos Estados unidos e Canadá, encontrou uma jovem que levava na mão um lindo anel de diamante, muito raro – aquele diamante havia sido feito com as cinzas de sua mãe que havia sido cremada após uma morte súbita. Dizia a jovem senhora que era descendente de um dos pais peregrinos que fora morto no front de batalha na guerra dos cem anos no dia 12 de outubro de 1582.

- O quinto amigo, muçulmano, envolvido em revoltas na Tunísia disse ter sido salvo da ira de manifestantes a favor do governo de seu país graças à ação rápida dos paramédicos da Cruz Vermelha Internacional. E ele insistia que havia algo errado no calendário dos cristãos, pois, dizia: Jesus nasceu por volta do ano 3 ou 4 a.C., foi batizado no ano 27 d.C. e morreu aos 33 anos no ano 31 d.C. Acaso estamos no ano 2011?


- O sexto amigo, teimava que quando esteve em Nova York subiu ao 15º andar de um edifício, mas, toda vez que contava todos os andares do prédio só encontrava 14, e não estava louco. Recomendou a um amigo que guardasse uma foto entre as páginas 65 e 66 do livro Código Da Vinci de Dan Brown e teria muita sorte.

- O sétimo e último amigo, dizia ter ouvido a história de um fanático chamado Jim Jones que levou ao suicídio 918 pessoas em Jonestown, na Guiana, em 18 de novembro de 1978 por envenenamento com cianureto de potássio. E, pensando nisso se preocupava com as naftalinas que estavam se tornando líquidas na gaveta de seu guarda-roupa.

Afinal quem desvenda esta charada? A que passo vai a mentira?

Todo homem nasce burro!


Esta foi a declaração de um de meus alunos em sala de aula esta semana. E eu perguntei: - por quê? E, ele me disse: - "o homem quando nasce não fala, não anda, não vôa, é quase cego, é uma frágil criatura e não é capaz de se alimentar sozinho e ainda, não bastasse tudo isso, faz cocô e xixi na roupa".


Este comentário foi feito numa aula de ciências numa turma de 8º ano quando eu dizia que o homem é um animal e que é muito superior aos demais animais. Haviámos dito que os animias têm seu jeito próprio de se comunicar entre os da mesma espécie (e acredito que de alguma forma se comunicam com animais de outras espécies também), que muitos animais ao nascer já saem em disparada do ninho e já não dependem mais dos pais para sobreviver; que a águia voa muito alto e que enxerga sua presa mesmo ela estando na altura das nuvens, que a coruja enxerga à noite tão bem quanto a águia enxerga de dia, que muitos animaisinhos começam a comer algo sólido no mesmo dia em que nascem, e que alguns animais ainda jovens no ninho fazem uma faxina especial na sua 'casa' não deixando imundícies contaminar o seu lar. Ah! lembramos também da força de um elefante e da velocidade de um leopardo...

Bem, depois de atribuir tantos talentos e habilidades aos animais meu aluno só poderia chegar mesmo a esta conclusão mas, pensando bem, comparar o homem quando nasce com um burro é ser un tanto injusto com o quadrúpede: um burrinho ao nascer já é capaz de fazer certas proezas que mesmo o homem adulto tem dificuldades de realizar, e olha que o bichinho não é besta (besta seria a mãe, mas besta não cria).

No final da aula nos contentamos e até nos aplaudimos ao chegarmos à conclusão de que a natureza não nos deu asas, mas nos deu inteligência e com ela a gente faz asa de metal e, se a gente não consegue, com as nossas próprias forças alçar vôo, atrelamos nessa asa de aço um potente motor e assim, voamos mais alto do que a águia e nos tornamos reis no planeta Terra, inclusive, de todos os animais.

EAD no Brasil Uma Análise Histórico-Crítica


EAD - prática educativa e de integração pedagógica que faz uso de recursos especiais disponíveis para encurtar distâncias e tempo entre o facilitador da aprendizagem e o aprendiz.
A evolução histórica da Educação a Distância no Brasil parte de uma ação tímida da iniciativa privada: a doação da Radio Sociedade do Rio de Janeiro ao Ministério da Educação em 1936. A partir daí, o MEC tem um instrumento para estabelecer a radiodifusão educativa no Brasil (1937).  O mundo em clima de guerra e, neste período a EaD não avançou muito em nosso pais: somente 22 anos depois é que  o MEC estabeleceu escolas radiofônicas em Natal – RN (1959).
Outra iniciativa histórica foi o estabelecimento do MEB (Movimento de Educação de Base) em 1960. O MEC, em contrato com a CNBB, promoveu a expansão do sistema de escolas radiofônicas nos estados nordestinos.
De 1966 a 1974, com o advento da TV no Brasil, foram instaladas oito emissoras de TV Educativa, abrangendo todas as regiões do país.
Desde o inicio da história da EaD no Brasil notamos a presença da iniciativa privada como pioneira e parceira das instituições públicas de educação e cultura. No ano de 1967, foi criada a Fundação Padre Anchieta, cujo objetivo principal era promover a educação e a cultura através do rádio e da televisão. Seguindo essa mesma linha de pensamento, neste mesmo ano, foi constituída a FEPLAM (Fundação Educacional Padre Landell de Moura) promovendo a educação de adultos através de teleducação por multimeios.
1970 – Em pleno fulgor do regime militar no Brasil, o MEC baixa a Portaria 408 que determina como obrigatoriedade que todas as emissoras de rádio e TV incluam em seus roteiros 5 horas semanais de programação educativa. O Projeto Minerva passa a ser transmitido em cadeia nacional com os cursos de Capacitação Ginasial e Madureza Ginasial elaborados pela FEPLAM  e Fundação Padre Anchieta.
A ABT (Associação Brasileira de Tele-Educação), que já existia de direito desde 1969, oficializou-se de fato em 1971, foi pioneira na educação à distância para a formação de professores com o programa conhecido hoje como Seminários Brasileiros de Tecnologia Educacional.
Outros projetos de teleducação foram surgindo por iniciativa do governo e também por entidades de iniciativa privada, surgem também as ONG´s. De todas estas entidades podemos citar: Prontel  e Sinred (1972); Projeto SACI (1973-4) – galardonado com o prêmio especial do Júri  no Prêmio Japão , por ter apresentado ao mundo uma inovação: um projeto-piloto de tele-didática sob o formato de telenovela para o ensino das quatro primeiras séries do 1º grau. Em 1974 o CETEB, em convenio com a Petrobrás, planeja cursos de capacitação para esta empresa e com o MEC, elabora o LOGUS II, para habilitar professores leigos sem afastá-los da sala de aula.
Outro marco histórico e digno de ser lembrado foi o lançamento do Telecurso de 2º Grau pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) e Fundação Roberto Marinho para preparar tele-alunos para exames supletivos.
O MOBRAL (1979) vinha propor solução ao analfabetismo dos adultos em todo o Brasil.
De 1979 a 1983 o MEC/CAPES implanta, de forma experimental, o Postgrad (Pós-graduação Tutorial à Distância) administrado pelo ABT para capacitar professores universitários do interior do país.
A primeira iniciativa para oferecer um curso de graduação à distância foi da UFMT (Núcleo de Educação à Distância – Instituto de Educação) com o apoio da Tele-Universite du Quebec do Canadá. Com esta parceria estabeleceram o Projeto de Licenciatura Plena em Educação Básica (1ª a 4ª séries do 1º grau) – em 1992.
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases), passa a regulamentar a EaD a partir de 1996 e em 1997 o MEC apresenta o PROINFO (Programa Nacional de Informática na Educação) com os projetos AulaNet, TelEduc e eProinfo.
O Decreto 2494/98-MEC e Portaria Ministerial 301/98-MEC determinam que apenas o MEC pode credenciar cursos de graduação e formação tecnológica à distância e estabelecem as normas e procedimentos para tal credenciamento.
A Universidade Virtual Pública do Brasil (1999), a Universidade Virtual Brasileira (2000) e a Universidade Aberta do Brasil (2005), são avanços significativos para o desenvolvimento e progresso da educação à distância em nosso país. Favorecidas pela Portaria Ministerial 2253/01 do MEC que possibilita que as instituições de ensino superiores, devidamente credenciadas, ofereçam 20% dos seus currículos na modalidade à distância.
Como vimos, o progresso, mesmo que ao seu próprio ritmo, tem sido uma realidade na EaD no Brasil desde a sua origem e hoje, seguindo uma tendência mundial – globalização – vai aos poucos dominando a área da educação formal. Sei que muito em breve todos teremos em casa a universidade que quisermos e, quiçá, tenhamos que comparecer pessoalmente apenas em laboratórios especiais de manipulação da alma, ou não!

Curiosidade - Matemáticos e Curiosos, me expliquem se puderem

Algumas pessoas gostam de encontrar misticismo nos números. Coincidência ou não, alguns números e cálculos nos impressionam e nos deixam, no mínimo, intrigados.

Vejam alguns números para datas deste ano de 2011: 1/1/11, 11/1/11, 1/11/11 e 11/11/11 e também experimente calcular: - o ano em que você nasceu (dois últimos números - a dezena) + a idade que você vai completar este ano de 2011.

Exemplo: Renata nasceu em 1996 e neste ano completá 15 anos.
Veja o cálculo 96+15=111... E isso ocorre ao calcularmos a idade de qualquer pessoa. Será?
Experiemtne calcular a sua própria idade, e a de seus familiares e amigos...



Coisas da Vida...




"Já escondi um amor com medo de perdê-lo,
Já perdi um amor por escondê-lo...
Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo,
Já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida,
Já me arrependi por isso...
Já passei noites chorando até pegar no sono,
Já fui dormir tão feliz,
Ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amaram...
Já passei horas na frente do espelho
Tentando descobrir quem sou,
Já tive tanta certeza de mim,
Ao ponto de querer sumir...
Já menti e me arrependi depois,
Já falei a verdade
E também me arrependi...
Já fingi não dar importância a pessoas que amava,
Para mais tarde chorar quieto em meu canto...
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
Já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam...
Já tive crises de riso quando não podia...
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns,
Outras vezes falei o que não pensava para magoar outros...
Já fingi ser o que não sou para agradar uns,
Já fingi ser o que não sou para desagradar outros...
Já senti muita falta de alguém,
Mas nunca lhe disse...
Já gritei quando deveria calar,
Já calei quando deveria gritar...
Já contei piadas e mais piadas sem graça,
Apenas para ver um amigo mais feliz...
Já inventei histórias de final feliz
Para dar esperança a quem precisava...
Já sonhei demais,
Ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro,
Hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali"...
Já caí inúmeras vezes
Achando que não iria me reerguer,
Já me reergui inúmeras vezes
Achando que não cairia mais...
Já liguei para quem não queria
Apenas para não ligar para quem realmente queria...
Já corri atrás de um carro,
Por ele levar alguém que eu amava embora.
Já chamei pela mãe no meio da noite
Fugindo de um pesadelo,
Mas ela não apareceu
E foi um pesadelo maior ainda...
Já chamei pessoas próximas de "amigo"
E descobri que não eram;
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada
E sempre foram e serão especiais para mim...
Não me dêem formulas certas,
Porque eu não espero acertar sempre...
Não me mostre o que esperam de mim,
Porque vou seguir meu coração!...
Não me façam ser o que eu não sou,
Não me convidem a ser igual,
Porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade,
Não sei viver de mentiras,
Não sei voar com os pés no chão...
Sou sempre eu mesma,
Mas com certeza não serei a mesma para sempre... "

Com o tempo aprendi que o que importa não é O QUE você tem na vida, mas QUEM você tem na vida...
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

(Desconheço o autor)

Paixão para ensinar e aprender

Após uma sugestão de campanha para que professores recuperem o orgulho de ensinar, Jarbas, do Blog Boteco Escola publica, com algumas adaptações, um texto de Laporte em português.


Muito interessante a todos que se dedicam à educação


Até que ponto os professores sabem que eles são (ênfase acrescentada) a escola? Eles são as estrelas. Eles são os Tony Ramos, Kaká, Juliana Paes, Gisele Bundchen, Milton Nascimento, Jô Soares em suas matérias. São eles que animam as matérias, dão vida a elas, que as tornam interessantes ou chatas, que compartilham as suas paixões. Se o professor entra no piloto automático, o curso vai ser um fracasso, com certeza. Mas se o professor faz algumas acrobacias, recitando versos ou dramatizando os saberes de sua área, os alunos irão ao sétimo céu. Claro, ninguém é obrigado a ser genial. Os professores são como os esportistas, os políticos, os bombeiros, os cronistas, eles fazem o que podem com aquilo que eles tem.

Mas a gente não vira cozinheiro sem gostar de comida. Então, a gente também não vira professor se a gente não gosta de ensinar, se a gente não gosta de dar aula, de representar. Não é necessário que a aula de física se torne um espetáculo do Cirque du Soleil, é preciso apenas que os alunos sintam que seu mestre gosta muito da matéria. Isso estimula e entusiasma a classe.

Quantas horas eu já não passei desenhando no meu caderno porque o professor lia suas notas de aula sem ao menos levantar os olhos. Monotono. Cansativo. Resignado. O tempo da aula não passava porque o professor estava parado. Sem inspiração. Existe apenas uma forma de aprender: é gostando daquilo que se aprende. Se a gente não faz os alunos gostarem daquilo que a gente quer que eles saibam, eles nunca se lembrarão da matéria. A indiferença não tem memória.

Se eu amo tanto escrever, isso se deve, em grande parte à professora Lamoureux, do primário, ao professor Saint-Germain, do secundário e ao professor Parent, do magistério. Eram professores que tinham aquilo que precisa. E eles não eram do tipo que faz palhaçadas. Muito pelo contrario. Mas a vocação deles era sincera e bem visível. E é disso que a gente fala. Manter trinta alunos sentados em suas cadeiras durante um dia inteiro não é tarefa pra qualquer um. Até mesmo os pais sofrem para cativar seus filhos durante um fim de semana. Imagine então, o que precisam fazer os estranhos que, durante a semana toda, estão substituindo os pais e tentando transmitir conhecimento, cultura e lições de vida a uma audiência que só pensa nas próximas férias de Natal. Não é pra qualquer um.

E só há uma maneira de fazer isso bem. Para interessar, é preciso ser interessante. Claro, sempre haverá os maus alunos que continuarão insensíveis a um curso de inglês, mesmo se ele fosse dado pela Angelina Jolie ou pelo Brad Pitt. Mas a maior parte dos alunos quer apenas embarcar com o professor como guia. Então, é preciso que o senhor ou a senhora na frente deles queira levá-los para um pouco mais longe que, simplesmente, o fim do curso; um pouco mais longe que a carga de trabalho que está no programa.


Extrato de texto de Stéphane Laporte

    Tradução: Taís Cardoso Barato

    Paris, 21 de setembro de 2009